FOTO: DIVULGAÇÃO / MANDATO FÁBIO FELIX
Os deputados distritais Fábio Felix (PSOL), Max Maciel (PSOL) e Dayse Amarilio (PSB), acompanhados da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS), se reuniram nesta terça-feira (30) com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da tentativa de compra do Banco Master pelo BRB. Na ocasião, o deputado Fábio Felix defendeu que a operação seja debatida com o Legislativo do Distrito Federal e com a sociedade civil.
“Uma aquisição desse porte, com repercussão direta sobre um banco público estratégico para o DF, precisa obrigatoriamente passar pelo crivo da Câmara Legislativa. Não é uma operação qualquer, exige respaldo legal e transparência com a população”, afirmou Felix.
O parlamentar avaliou positivamente a reunião e destacou que o presidente do BC foi claro ao explicar os limites da análise técnica da instituição, mas também demonstrou disposição em manter diálogo com o Distrito Federal. “Saímos da reunião com a sensação de que há espaço para o debate institucional. Galípolo ouviu nossas preocupações com atenção e sinalizou abertura para manter esse canal com o Legislativo e os órgãos de controle”, relatou.
Felix também ressaltou que o processo de avaliação da operação ainda não teve início no Banco Central, uma vez que o BRB ainda não encaminhou a documentação necessária. “O prazo de 360 dias ainda não começou oficialmente, porque há uma série de etapas prévias que o banco precisa cumprir. Neste momento, o BRB está apenas avaliando os ativos que pretende adquirir”, explicou.
O deputado também alertou para os riscos de uma análise que desconsidere o contexto completo da operação. “Mesmo que o BRB tente adquirir apenas os ativos considerados saudáveis, os ativos problemáticos do Banco Master não desaparecem. Eles seguem existindo e podem afetar negativamente o conjunto da operação”, afirmou.
Segundo Felix, o presidente do BC garantiu que a análise técnica da autarquia considerará a totalidade da operação, incluindo os riscos envolvidos na carteira do Banco Master. “Galípolo deixou claro que a análise não será parcial. Mesmo os chamados ‘ativos ruins’ passarão pelo crivo do Banco Central, porque eles têm impacto direto na solidez e viabilidade da transação”, afirmou.
O deputado lembrou ainda que o Banco Master já foi alvo de sanções anteriores do Banco Central, o que aumenta a responsabilidade da análise atual. “Não estamos falando de uma instituição isenta de problemas. O histórico do Banco Master precisa ser levado em conta”, completou.
Para Felix, a reunião reforça a importância de manter a vigilância sobre a operação e de garantir que o interesse público prevaleça. “O BRB é um instrumento do Estado. Seus lucros financiam políticas públicas e atendem à população do DF. É fundamental que qualquer movimentação estratégica do banco passe por avaliação pública e institucional adequada”, concluiu.