Relatório da CPI do Feminicídio terá participação dos movimentos de mulheres

Primeira reunião de trabalho aconteceu na última sexta (8) com apreciação do Plano de Trabalho elaborado pelo Gabinete 24.

Desde as provocações ao Executivo até a instalação do CPI do feminicídio, a articulação junto aos movimentos feministas e de mulheres foi constante. Escolhido para a função de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Fábio Felix e o Gabinete 24 decidiram que o documento final será fruto de uma pactuação coletiva. Para tanto, na última sexta-feira (8), o Gabinete 24 realizou a primeira reunião de trabalho para construção do relatório da Comissão. O encontro foi na Câmara Legislativa do DF.

Representantes de diversos coletivos e entidades deram suas contribuições ao Plano de Trabalho da CPI do Feminicídio. Estiveram presentes integrantes do Fórum de Mulheres do DF e Entorno, do Instituto de Bioética (ANIS), da Marcha Mundial de Mulheres, do Fórum em Defesa dos Direitos das Mulheres do DF e Entorno, além do Coletivo Juntas, do Comitê organizador da Marcha das Margaridas, do Setorial de Mulheres do PSOL e da Secretaria de Mulheres do PT. O cronograma de atuação da Comissão em 2019 recebeu o aval das mulheres.

“A relatoria terá papel fundamental nos questionamentos, na sugestão de políticas públicas e nas decisões corretas que devem ser adotadas tanto para prevenção quanto para investigação dos casos de feminicídio. Agora é hora de dedicação total para a formulação de um relatório participativo e capaz de dar as respostas que a sociedade espera de nós. Faremos isso de forma colaborativa, junto das mulheres que quiserem somar ao nosso trabalho”, declarou o deputado Distrital Fábio Felix.

Assembleias Itinerantes

No último fim de semana, a Assembleia Popular Pela Vida das Mulheres e Contra o Feminicídio esteve com moradoras de Planaltina e de Águas Claras, criando uma frente ampla de atuação da CPI nas regiões. A Comissão foi tema central dos debates. As participantes elencaram os principais problemas do cotidiano e que colaboram para colocar as mulheres em situação de maior vulnerabilidade: melhorias no transporte e na mobilidade urbana; formação nas escolas e medidas de proteção foram os temas mais recorrentes.

Os próximos encontros da Assembleia estão marcados os dias 16 e 17, em novas regiões administrativas.