Mobilização contra o racismo e Bolsonaro

A crise é global. O mundo está em luta contra o racismo, contra a violência policial, contra uma sociedade em que a vida de uma criança preta, filha de uma empregada doméstica preta, vale o preço de uma fiança. No Brasil, também há uma luta contra Bolsonaro durante essa assustadora crise sanitária que vivemos. Ficar em casa o máximo possível é a decisão mais indicada para evitar a disseminação descontrolada do coronavírus, mas, diferentemente de outros países que também sofrem de forma dramática com a pandemia, o Brasil vive uma crise política e econômica gravíssima com a condução do país para um rumo cada vez mais autoritário. Isso exige resistência!

Nossa função, frente à demanda popular de ocupar as ruas contra o fascismo, é de reforçar a luta política e, ao mesmo tempo, tentar garantir a segurança e o cuidado a quem se dispõe a manifestar presencialmente. Amanhã (07/06), realizaremos uma ação de distribuição de máscaras e álcool em gel para frisar e fortalecer a necessidade de cumprir, como possível, as medidas de prevenção ao coronavírus. Enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos, estarei presente para colaborar e defender o direito à manifestação. A Comissão estará também com sua central de atendimento funcionando em plantão neste domingo para colher denúncias de violações de direitos. 

Que utilizemos as possibilidades que tivermos para manifestar nossa indignação e somar forças a essa luta. Seja em carreatas, panelaços, manifestações virtuais ou diretamente nas manifestações de rua, sempre em propósito de dar um basta à normalização das mortes de pessoas pretas, aos desmandos e acenos autoritários e golpistas do Bolsonarismo, sem deixar de lado os cuidados com a saúde da coletividade. O momento é delicado. Que possamos nos unir em diversas frentes para que a luta se fortaleça.