Intervenção do Governo nas escolas que rejeitaram militarização é ilegal

Ontem (17), conforme anunciamos aqui no site, o Centro de Ensino Fundamental 407 de Samambaia e o Centro Educacional Gisno da Asa Norte deram um claro recado ao governo Ibaneis ao rejeitarem, através de votação, a militarização das suas unidades. Foi a comunidade escolar quem decidiu, respaldada pela Lei de Gestão Democrática. Entretanto, em mais uma demonstração do seu caráter autoritário, o governador do Distrito Federal disse que não respeitará a decisão.

Trata-se de uma atitude ilegal e que ataca diretamente a autonomia dos docentes, diretores, estudantes e responsáveis que disseram não ao modelo. Fica evidente o desespero do governador ao constatar que, aos poucos, o modelo vendido como salvação da educação pública está sendo desmontado.

Não aceitaremos que Ibaneis Rocha rasgue os preceitos da Gestão Democrática, fruto de uma pactuação coletiva em prol da educação pública de qualidade. Governos passam, a democracia escolar deve permanecer.

Fábio Felix, deputado Distrital (PSOL) e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa

 

Carta aberta contra a militarização das escolas

Carta Aberta contra a militarização das escolas

Na última sexta-feira (16), entidades ligadas às pautas de educação e segurança, especialistas, docentes e parlamentares divulgaram documento que destaca as implicações desse modelo. A carta apresenta argumentos contrários à militarização. Um deles é a retirada de policiais das ruas para a atuação dentro das instituições de ensino. Para os signatários, “É certo que a violência na escola é um problema grave – e, para isso, há soluções adequadas, como o fortalecimento dos batalhões escolares e da segurança comunitária”.

Para conferir o teor da carta e/ou assiná-la, clique aqui.