Estrutural recebe Nós Pelas Cidades

Falta de profissionais e de estrutura dificultam acesso da comunidade aos serviços de assistência social

A Estrutural é uma das regiões mais vulneráveis do DF. São mais de 35 mil moradores e não há, por exemplo, creches públicas para atender a comunidade, formada majoritariamente por famílias monoparentais femininas – as mães solo – (19,3% dos domicílios da região). A fim de conhecer essa e outras demandas dos moradores, o Nós Pelas Cidades esteve na Estrutural na última sexta-feira (12.11).

O dia de trabalhos começou com uma visita à Creche Alecrim. 56 crianças são atendidas  atualmente nos espaço. Maria, coordenadora da instituição, pretende expandir o atendimento, diante da necessidade das famílias da Estrutural, região que não possui creches públicas, apenas conveniadas. “Trabalhamos com toda a dedicação, mas sabemos que muitas crianças ainda não têm vagas num serviço tão essencial como a creche. Precisamos urgentemente de mais vagas para atender a grande demanda da comunidade”, declarou.

Outro grande problema enfrentado pelas moradoras e moradores da Estrutural é a dificuldade de acessar os serviços de assistência social. Em reunião com representantes do CRAS e do CREAS locais, foi constatada uma grande demanda represada de atendimentos: mais de 6 mil demandas registradas aguardando andamento; hoje as unidades do CRAS e do CREAS estão atendendo demandas do mês de abril.

Há, também, apenas 10 servidores para atender uma demanda assistencial imensa. São cerca de 700 atendimentos por mês, fora quem não consegue ser contemplado. De acordo com os gestores, seria necessária outra unidade do CRAS para atendimento à comunidade da Estrutural. “Nós vamos fazer um relatório minucioso dos problemas encontrados e vamos exigir que o GDF estruture melhor o serviço de assistência da Estrutural”, informou o deputado Distrital Fábio Felix (PSOL).

A população do DF não separa corretamente os resíduos

Fábio visita Cooperativa Construir

No fim do dia, o Nós Pelas Cidades fez uma visita à Cooperativa Construir. Segundo as catadoras e catadores que atuam na região, o grande desafio é conscientizar a população sobre a importância de separar os resíduos. É preciso separar o material reciclável do orgânico para facilitar o trabalho das cooperativas e garantir aproveitamento melhor daquilo que pode ser reciclado. A necessidade de uma campanha educativa sobre a separação do lixo será levada ao GDF para providências.