A maior festa popular do país vai começar! Mais do que um espaço de celebração e de alegria, o Carnaval brasileiro sempre foi cenário para a sátira social, para a reivindicação de direitos e para a reafirmação identitária. Para nós do gabinete 24, os contornos políticos da festa — que são evidentes desde sua origem — devem ser preservados. Entendemos que mais do que nunca os nossos corpos são combativos.

No nosso Carnaval não tem confete para o preconceito! Não podemos mais compactuar com as violências que vêm acontecendo e são habitualmente normalizadas.
Queremos muita purpurina para a afirmação nos nossos direitos, que independentemente da festa, devem ser assegurados.

O nosso objetivo é incentivar a realização de uma festa bonita, diversa e com respeito; uma festa sem assédio, sem violência de gênero, sem racismo, sem machismo, sem LGBTfobia ou Transfobia e que garanta segurança e diversão para as foliãs e foliões!

Este ano, o Carnaval acontece num mês simbólico: o março das mulheres, que marca também um ano da execução da Marielle. Nossa companheira de lutas foi vítima da política violenta que se instala no Brasil e que cada vez mais se revela em todos os espaços de diversidade. Violência essa que transcende as manifestações culturais do nosso país e se reflete nos números de feminicídios crescentes no DF. Por isso, vamos lutar para que o nosso Carnaval seja pela vida e pela segurança das mulheres!

Nossa resistência é para que todos os blocos sejam sinônimo de acolhimento, uma folia de respeito. Nós sabemos que é possível festejar sem lançar mão de preconceitos. Afinal, festa é boa é aquela que não abre espaço para a intolerância!