Reunião Pública resulta em encaminhamentos para barrar militarização das escolas
Proposto pelo deputado Distrital Fábio Felix, debate contou com a presença de professores, alunos e organizações que discutiram alternativas ao projeto do governo Ibaneis.
“Em vez de colocar policiais dentro das escolas, propomos que o governo fortaleça o Batalhão Escolar. É muito mais efetivo em termos de segurança, porque contempla as unidades de ensino e também reforça o policiamento comunitário, que hoje em dia é precário. Escola foi feita para ter profissionais formados para as práticas pedagógicas, como os orientadores educacionais”, destacou o deputado Distrital e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF, Fábio Felix, em reunião realizada hoje de manhã (7) na Casa.
Alunos das quatro escolas que já funcionarão sob o regime a partir de segunda-feira (11) também evidenciaram a insatisfação com o modelo adotado “sem debate e com o objetivo de fragilizar os projetos educacionais em curso”, conforme destacou a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa. A professora Daniela Santos, do Centro Educacional 7 de Ceilândia, disse que os docentes não estão sendo ouvidos e que se sentem hostilizados ao manifestarem opinião contrária à proposta.
Participaram da mesa de debate os deputados Distritais Fábio Felix e Leandro Grass, a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa, o presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, Coracy Coelho, a professora Daniela Santos e o estudante Michael Silva, aluno do CED 7. Os parlamentares da CLDF foram chamados ao debate, assim como membros do Ministério Público (MPDFT) e da Defensoria Pública do DF.
Veja os encaminhamentos retirados no encontro:
– Criação de Grupo de Tralho com alunos e professores da rede pública para continuar debatendo o projeto de militarização;
– Assinatura de carta-compromisso dos parlamentares contra a Portaria de militarização das escolas;
– Audiência Pública na semana que vem, com representantes do governo (secretarias de Segurança e de Educação), professores e sociedade civil para debate e deliberações sobre o tema.