Por que defender a CEB pública?

Ibaneis, apesar de ter se comprometido com o fortalecimento das estatais durante o período de campanha, desde que tomou posse no GDF vem encabeçando um projeto privatista de cidade, ao contrário do que prometeu em campanha. A CEB, tem sido um dos maiores alvos dessa movimentação, empresa pública patrimônio de nossa cidade, segue sob ameaça de ser entregue à iniciativa privada a custo de banana. O principal argumento utlizado pelo governador é mentiroso sobre o déficit recorrente e ineficiência, os dados da empresa mostram o crescimento em aproximadamente 376% no lucro líquido nos últimos cinco anos. Além de outros dados do desenvolvimento e saúde da empresa. O governo parece querer a todo custo retirar mais dinheiro do povo para encher o bolso da elite econômica do país. 

Em pronunciamento recente feito na região do Sol Nascente, por exemplo, o governador tentou se eximir da responsabilidade quanto à ampliação dos serviços de iluminação e ainda criminalizar o sindicalismo e a esquerda. Se em quase dois anos como acionista majoritário de uma empresa pública o governador não foi capaz de direcionar recursos para suprir as necessidades do povo pobre que alega querer proteger, o que vem fazendo de diferente dos malvados sindicalistas que segundo ele dilapidaram o patrimônio da CEB? 

Mesmo se as graves acusações que traz fossem reais, a solução para garantir a melhora na prestação de serviços para a comunidade certamente não passa por entregar a gestão dos serviços para empresas privadas orientadas exclusivamente pelo lucro. Parece ficar cada vez mais claro que a investida privatista do governo objetiva, através de um discurso enviesado e mentiroso, enriquecer os amigos do rei. 

Experiências em outros Estados

Experiências de privatização semelhantes foram feitas em diversos estados do país e os resultados são claramente desastrosos para a população, o comércio, escolas, hospitais e outras instituições públicas e privadas. As privatizações no setor elétrico mais recentes são das distribuidoras de energia dos estados do Acre, Amazonas, Goiás, Piauí, Alagoas, Rondônia e Roraima. Em todos os casos houve aumento na conta de luz do consumidor e precarização na prestação do serviço.

Em Goiás, por exemplo, a população fica em média 23 horas por ano sem acesso à energia elétrica, além de pagar uma tarifa que aumentou 27% em três anos de privatização. 

Governadores passam, os erros permanecem e quem sofre é a população

Quais são os parâmetros e objetivos utilizados pelo GDF para vender uma estatal como a CEB a toque de caixa e a preço inicial baixíssimo? A decisão sobre a venda de um patrimônio público que vai gerar impactos evidentes na vida de toda a população do DF precisa ser discutida de forma ampla e cuidadosa.

Ibaneis não tem compromisso com a prestação do serviço de fornecimento de energia, com a vida dos mais de 600 funcionários da CEB e nem com os interesses da população do DF. 

Precisamos barrar as investidas de um governador que pretende, como quem troca de roupa, se desfazer daquele patrimônio que homens e mulheres brasilienses construíram a duras penas. Ibaneis precisa entender que ele foi eleito governador para gerir a coisa pública, não para administrar os bens da população como se fossem parte de seu patrimônio multimilionário!