CLDF concede moção de louvor à imprensa por especiais sobre feminicídio

Globo, Metrópoles, Correio Braziliense e Sindicato dos Jornalistas são condecorados pelos relevantes trabalhos em prol do enfrentamento da violência contra mulheres

No momento em que a cidade inteira se mobiliza contra o aumento dos casos de feminicídio e de violência contra as mulheres, importantes trabalhos da imprensa local contribuem para o debate acerca do tema. Diante da relevância das reportagens especiais a que veículos se dedicaram e dedicam, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Distrital Fábio Felix, concedeu moção de louvor aos jornalistas e ao sindicato da categoria por ocasião do 1º Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos.

Mulheres do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF). Foto: Alexandre A. Bastos / Mandato Fábio Felix

A condecoração manifesta o reconhecimento da Câmara Legislativa aos seguintes projetos: Elas por Elas – Portal Metrópoles; Vida em Risco: a violência contra a mulher – DF TV 1ª edição; série de matérias especiais sobre violência contra a mulher – Jornal Correio Braziliense; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) pela promoção de curso de capacitação de jornalistas em cobertura de crimes de feminicídio e violência sexual contra mulheres.

Representando o projeto Vida em Risco, da Rede Globo, os repórteres Luísa Doyle e Fred Ferreira participaram ontem (28) da entrega da moção. A jornalista esteve à frente – junto do colega de emissora – da série de reportagens especiais acerca do cotidiano de mulheres vítimas de violência. “Nosso objetivo era tirar a história dessas mulheres da invisibilidade e fortalecer o combate ao feminicídio no DF, pois vivemos uma epidemia que precisa ser enfrentada”, explicou Luísa.

Érica Montenegro, do portal Metrópoles. Foto: Alexandre A. Bastos / Mandato Fábio Felix

Érica Montenegro, editora do especial Elas por Elas do portal Metrópoles, destacou que o trabalho social da imprensa no tocante ao feminicídio deve ser cada vez mais forte. “Muitas pessoas perguntam a nós, jornalistas, por que tratamos desse tema. Eu sempre respondo: porque todos os dias o machismo mata mulheres”. Renata Maffezoli, do Sindicato dos Jornalistas do DF, reforçou a necessidade de conscientização acerca do feminicídio. “Não é aceitável que alguém cogite retornar esse tema para a invisibilidade. Os nossos desafios residem em como fazer uma divulgação que incida na mudança social”.

“A presente moção busca reconhecer o excelente trabalho prestado pelos canais mencionados em reportagens especiais, cujas atuações têm proporcionado notoriedade aos casos de feminicídios e fomentado o debate sobre a responsabilidade da sociedade e do Estado em coibir a violência de gênero”, detalha o documento aprovado pelos deputados Distritais.