Manifestantes pedem criação da praça Marielle Franco

Ato reuniu mais de 100 pessoas no Setor Comercial Sul, local escolhido para homenagear a vereadora executada no Rio de Janeiro

Pessoas contrárias ao veto do governador Ibaneis Rocha (MDB) à Lei que cria a Praça Marielle Franco se reuniram hoje (28), no Setor Comercial Sul. A manifestação aconteceu no local escolhido para a homenagem à ex-vereadora, próximo à Galeria dos Estados.

O ato em prol da Praça Marielle Franco aconteceu poucos dias depois que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou projeto similar, dando o nome da ex-vereadora a uma praça em Brasilândia, na zona norte do estado. As pessoas já conhecem esse espaço como Praça Marielle Franco, é um caminho sem volta. São Paulo deu um recado importante ao DF e provou que Marielle não é uma figura representativa só do estado do Rio de Janeiro.

Pessoas sob a marquise e faixa com os dizeres Justiça para Marielle
Tomada da Praça Marielle Franco no Setor Comercial Sul. Foto: Alexandre A. Bastos / Mandato Fábio Felix

Ayla Viçosa, do movimento Juntas, também manifestou posição contrária ao veto do governador Ibaneis. “Marielle Franco inspira as pessoas a participarem da política para lutar por mais direitos. Ter uma praça com o seu nome, na capital do País, é algo muito simbólico”, disse a ativista. “Ibaneis decidiu violar um princípio muito importante, que é o da separação dos poderes. A decisão da Câmara Legislativa deve ser respeitada”, destacou Clayton Avelar, presidente do Sindsasc.

Durante o ato, foram distribuídos pacotes de sementes de girassol, flor que se tornou um símbolo da memória de Marielle Franco e da luta das mulheres. “Marielle merece ser homenageada em qualquer canto do Brasil. Simbolicamente, essa já é a praça Marielle, então esse veto do governador não faz sentido” declarou a estudante Silvia Moreira.

A inauguração simbólica da Praça Marielle será feita no dia 14 de março, quando os dois anos das execuções da ex-vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, serão relembrados. O ato será realizado mesmo que o veto à Praça não tenha sido apreciado pelo Plenário da Câmara Legislativa.