Gisno e CEF 407 de Samambaia recusam militarização

Seis escolas do DF votaram, neste sábado (17/08), se aprovavam ou não a proposta do governo em militarizar as suas unidades.

O projeto, chamado de “gestão compartilhada”, divide a gestão das escolas da Secretaria de Educação com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e a Secretaria de Segurança Pública. Nas assembleias realizadas neste sábado duas unidades decidiram rejeitar a militarização: o Centro de Ensino Fundamental 407 da Samambaia e o Centro Educacional Gisno da Asa Norte.

“Aos poucos, esse modelo que está sendo vendido como salvação da educação pública está sendo desmontado. A comunidade escolar de duas escolas importantes rejeitou a militarização. Os pais, estudantes e professores estão percebendo que apenas colocar policiais dentro das escolas não vai resolver os problemas educacionais e de segurança”, defendeu o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, deputado Fábio Felix, após divulgação do resultado das assembleias deste sábado.

O Sindicato dos Professores (Sinpro) defende os investimentos na educação como soluções mais efetivas do que a militarização. A entidade citou a necessidade de reforma de escolas, construção de laboratórios e bibliotecas, implementação da educação integral e nomeações de professores e demais profissionais da educação. “Militares nas escolas somente através do Batalhão Escolar, no portão, para garantir a segurança de todos”, ressaltou o Sinpro.

Carta Aberta contra a militarização das escolas

Na última sexta-feira (16), entidades ligadas às pautas de educação e segurança, especialistas, docentes e parlamentares divulgaram documento que destaca as implicações desse modelo. A carta apresenta argumentos contrários à militarização. Um deles é a retirada de policiais das ruas para a atuação dentro das instituições de ensino. Para os signatários, “É certo que a violência na escola é um problema grave – e, para isso, há soluções adequadas, como o fortalecimento dos batalhões escolares e da segurança comunitária”.

Para conferir o teor da carta e/ou assiná-la, clique aqui.