Alternativas à militarização das escolas e promoção de direitos são tema de agenda de Fábio no Rio
Em visitas ao Instituto Igarapé e à Alerj, integrantes da Comissão de Direitos Humanos da CLDF debatem modelos educacionais em contraponto à gestão compartilhada.
Em busca de parcerias para o DF, o deputado Distrital Fábio Felix e integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF estão no Rio de Janeiro para agenda de trabalho. Na manhã de hoje (9), o parlamentar se reuniu com gestores do Instituto Igarapé – organização reconhecida internacionalmente pelo trabalho de promoção da cultura de paz – e com servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A programação da comitiva inclui, ainda, reuniões com a Anistia Internacional, Justiça Global e visitas a comunidades, entre outras atividades. A viagem não é financiada por recursos públicos.
O grupo visitou a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, cujo trabalho servirá de inspiração para a atuação da CDH da Câmara Legislativa do DF. “Quando Marielle Franco
e Marcelo Freixo estiveram à frente desse trabalho, tivemos avanços importantes nas áreas de segurança e de promoção da cidadania LGBT. Sem dúvidas, esse legado guiará nosso trabalho”, declara Fábio Felix.
Daniella Monteiro (PSOL), deputada estadual do RJ, compartilhou as ações da Alerj no âmbito da defesa dos direitos humanos, sobretudo da juventude. “Precisamos incentivar o protagonismo juvenil no enfrentamento da pauta conservadora e na formulação de políticas públicas”, ressalta a parlamentar.
Em pauta, militarização das escolas e controle de armas
Mais cedo, em encontro no Instituto Igarapé, foram debatidos dois temas: militarização das escolas públicas e incentivo ao armamento no Brasil. Sobre a gestão compartilhada nas escolas do DF, Melina Risso, diretora de programas do Instituto Igarapé, reforça a importância de apontar alternativas educacionais em contraponto à militarização das escolas, com destinação de recursos e investimento em capital humano. “Para as comunidades, que sofrem com a violência e desconhecem alternativas eficazes de enfrentamento desse problema, colocar policiais em todos os espaços é a melhor solução. Precisamos apresentar outras saídas”, afirma.
Como encaminhamento da reunião, foi detectada a necessidade de ampliação do Observatório da Militarização das Escolas – já implementado no âmbito da CDH – para participação da sociedade civil, comunidades escolar e acadêmica e mais parlamentares do DF, além do apoio de entidades como o Instituto Igarapé. Pesquisadores e especialistas do tema serão convidados para ajudar na formulação de alternativas ao modelo adotado pelo governo Ibaneis.
O Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (7), e que facilita o armamento de mais grupos – até mesmo de crianças – também foi discutido tanto na Alerj quanto no Igarapé. A urgência de adotar medidas para controle do acesso às armas foi levantada, bem como a necessidade de atuação transversal. À noite, a comitiva do DF se encontrará com Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes. Com larga experiência na temática, Julita foi diretora Geral do Departamento do Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro. “A ideia é que possamos apresentar alternativas para o poder público, a fim de efetivar políticas eficientes de prevenção à violência”, reforça Fábio Felix.