Na manhã da última terça-feira (30.03) a Ação Conjunta Covid-19 esteve na Farmácia e no Almoxarifado Central da Secretaria de Saúde para apurar denúncias sobre a possível falta de medicamentos, especialmente os que são utilizados nas intubações de pacientes com quadro grave de covid 19. Também foi verificado o estoque de EPIs.

A Ação Conjunta COVID-19 é uma iniciativa que reúne SindEnfermeiro, COREN-DF, ABEn-DF, CRM-DF, OAB-DF, CRP-DF, Conselho Regional de Saúde de Brasília, Conselho de Saúde do DF e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa. Também esteve presente o deputado distrital Fábio Felix, presidente da CDH.

Durante a diligência foi identificada que a situação está crítica no caso dos bloqueadores neuromusculares e de diferentes sedativos utilizados no chamado ‘kit intubação’, com estoques no limite. O estoque do antibiótico polimexina está zerado, e outros medicamentos estão em situação próxima.

Para Fábio Felix, esse é um sinal de alerta: “Fomos informados de que existem outros fármacos para substituir a polimexina, o que é um alívio, mas ter um medicamento sem estoque sinaliza um quadro preocupante. Ainda estamos no pico da pandemia, e não há como abrir novas unidades de UTIs nos hospitais sem um bom estoque destes fármacos”.

A Ação Conjunta irá fazer um pedido formal para ter acesso a todos os dados sobre o processo de compra dos medicamentos que estão em falta ou com baixo estoque.

Outra preocupação, que foi constatada no local, é em relação ao local de armazenamento dos medicamentos. Como não há climatização, foi notado que a temperatura ao longo do dia ultrapassa os 30 graus, o que pode estragar ou acelerar a deterioração de alguns tipos de produtos.

Já em relação ao estoque de EPIs, ele demonstrou uma melhora desde a última visita da Ação Conjunta, com itens como máscaras, capote e luvas em quantidade para pelo menos um mês de uso. Chamou a atenção negativamente a doação pelo Ministério da Saúde de uma grande quantidade de máscaras KN95, que foram reprovadas nos testes e consideradas impróprias para uso médico – e estão sendo demandadas pontualmente por outros órgãos, como por trabalhadores dos Ministérios.