21 meses sem que as autoridades consigam dar um desfecho para as execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes. “É inaceitável que uma Democracia consiga conviver com a barbárie do silenciamento de uma representante do povo, legitimamente eleita. A morte de Marielle é uma ferida aberta no coração do nosso país já tão desacreditado por injustiças e desigualdades”, desabafou Fábio Felix (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa e companheiro de partido da ex-vereadora carioca. 

A fala emocionada do parlamentar aconteceu por ocasião do um ano da morte de Marielle e Anderson, em 14 de março. Na oportunidade, o Gabinete 24 distribuiu 365 placas com o endereço do local onde as execuções aconteceram, no Rio de Janeiro. O mês de março configurou o período de lutas por justiça para Marielle e para Anderson e o Gabinete 24 realizou uma série de iniciativas com o objetivo de eternizar o legado da ex-parlamentar e ativista, assim como cobrar a finalização dos inquéritos que investigam os assassinatos da vereadora e de seu motorista.

Dois importantes projetos de autoria do mandato foram aprovados na Câmara Legislativa: o que cria a Praça Marielle Franco no Setor Comercial Sul e o que institui o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos. A primeira edição da solenidade aconteceu durante o Novembro Negro e premiou projetos da sociedade civil e de instituições que protagonizam a luta em defesa da dignidade das pessoas. Foram 10 agraciados, além da entrega de moções de louvor à imprensa pelos especiais de cobertura dos casos de violência contra mulheres do DF. 

O Gabinete 24 seguirá mobilizado até que os mandantes das execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes sejam responsabilizados. “Exigimos respostas e seremos incansáveis na batalha pela preservação da memória de Marielle”, defende Fábio Felix.